segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Gaia - Fátima, 22 e 23 de Agosto de 2009


Olá Pessoal Pedalante

Um convite do Sérgio "Piu-Piu" para fazer um passeio a Fátima já no início do ano, andou em congeminação vários meses, esteve quase para não acontecer, esteve para ser noutros moldes de viagem, acabou por se decidir fazer em 2 dias, uma primeira parte mais rolante junto à costa até Monte Real, contavamos fazer cerca de 160 kms, acabamos por fazer 182 kms, onde pernoitamos e no dia seguinte fazer o resto do percurso mais cerca de 43 kms.
Tentando aproveitar a parte mais fresca do dia para se andar o mais possível, marcou-se para sair o mais cedo possível, ainda não era dia, concentração 5h30 para sair às 6h. Compareceram à chamada matinal, eu desta vez ia de Trek mas com pneus 1,2, o Nuno "Tweeter"Carvalho com a sua Decathlon, agora com pneus 1,5 próprios para rolar melhor e o Bruno "Ags" Pereira, com a sua AGS, talvez a bike menos preparada para rolar com mínimo atrito, mas compensada com uma boa forma física não tanto a andar de bike, mas que se aguentou muito bem.
O Sérgio "Piu-Piu" ( e já vos explico a origem do nome Piu piu ... eheheh) não apareceu a horas nem atendia o tlm, ficou a dormir mais uma vez. Aguentamos quase até às 6h30, como ele não aparecia, decidimos arrancar da RTP.
O carro seria conduzido pelo Leandro, que viria mais tarde conforme o combinado reunir-se a nós mais para a frente, para os lados de Vagos.
Primeira parte do percurso planeada, era chegar de Gaia a São Jacinto, cerca de 60 kms, para apanhar o ferry-boat que saía às 9h40. Como já levávamos um pequeno atraso o percurso foi feito o mais rápido possível, não sem uma pequena paragem "técnica", tinha previsto tomar o café na Granja, mas o café estava ainda fechado, acabou por se parar em Espinho numa padaria perto da estação ferroviária, que já estava aberta e onde tomamos o cafézinho da ordem.

Mesmo na hora, deu para relaxar os músculos e retomar viagem novamente. Diga-se que a temperatura ainda era baixa quando saímos da RTP, pelo ainda trouxemos os casacos térmicos vestidos e deram bastante jeito, porque apesar de nos fazer transpirar um pouco, mantinha-nos aquecidos e confortáveis. Engraçado que pela primeira vez senti a diferença de rolar em grupo, tipo contra-relógio por equipas, sem nada termos combinado, íamos-nos revezando à vez na tarefa de puxar pelo grupo, sendo que quem vinha na roda, sempre descansava um pouco, o que também contribuiu que o ritmo fosse bem elevado sem puxar demasiado.
Depois do Furadouro, tempo para petiscar a primeira banana ou barra energética, para continuar com força para o resto e até que chegamos a São Jacinto, ainda o ferry não tinha atracado no cais, tempo para enquanto esperávamos pelo barco, entrar numa pastelaria e reforçar o pequeno-almoço.
Travessia para o outro lado, na área portuária de Aveiro, aqui comecei a lamentar não ter trazido o mapa das estradas ou o Gps do carro, por que a falta de sinalização fez-nos andar um pouco às aranhas, mas nada que perguntando a alguém que passava, de bike obviamente, nos indicasse a direcção certa para onde nós queríamos ir. Em direcção à Gafanha da Encarnação, logo retomamos o rumo certo, sol do nosso lado esquerdo, indicava que seguíamos rumo ao Sul como desejávamos. Entretanto um telefonema do Leandro que estava a caminho para se reunir a nós, fez-nos derivar um pouco a rota prevista, eu tinha previsto seguir sempre junto às praias em direcção à praia de Mira e só aí ir à EN109, acabou-se por rumar a Vagos para nos reunirmos com a carrinha, a fim de reabastecer de água principalmente.
Neste ponto já contávamos com 90 kms nas pernas, o Bruno começou a ressentir-se um pouco do esforço inicial,e achou prudente recolher a bike na carrinha, e, como o Leandro tinha trazido a sua pasteleira na carrinha, com um selim antigo daqueles com molinhas e tudo, resolveu fazer uns quilómetros a acompanhar-nos, enquanto nós reabastecíamos ele equipou-se, encheu o pneu que vinha vazio e pôs-se ao caminho ao nosso lado. Passado poucos quilómetros o Nuno notou que ele tinha ficado para trás, nós já tínhamos abrandado o ritmo para que ele não ficasse sozinho, parámos e lá vinha ele com a bicicleta pela mão e com o pneu em baixo.

Entretanto o Bruno que tinha ficado a conduzir a carrinha chegou e bike dentro da mala, e Leandro a fazer de repórter de imagem, tirando-nos algumas fotos em andamento, às vezes em posições mais ou menos acrobáticas. Entretanto o nosso amigo Sérgio, que até era o culpado de termos feito este projecto, tinha ligado e vinha a caminho, conseguiu apanhar-nos logo a seguir à Tocha, fazendo o resto do percurso com nós, depois de a boleia de carro dele ter voltado para casa.
Aqui o Sérgio ganhou nova alcunha, piu-piu, já que bike dele fazia um enervante chiado de qualquer coisa a roçar em qualquer coisa, que chiava pelo caminho fora, a única vantagem é que não nos deixava adormecer, e nem precisávamos de olhar para trás para saber que o Sérgio trazia o passarinho logo ali atrás de nós.
Nesta altura é que as coisas começaram a aquecer, antes da Figueira da Foz uma elevação, Serra da Boa Viagem, prenúncio de um bom augúrio para nossa tarefa e o calor começou a apertar. Nesta altura o Leandro e o Bruno resolveram ir almoçar, e fizeram eles muito bem, já que nós tínhamos previsto não fazer paragens para almoço, alimentando-no apenas com o que levávamos, barras e água, o que não contávamos é que eles demorassem 4 horas a voltar a aparecer depois de almoçados.
A seguir à Figueira da Foz a Estrada Nacional 109, começa a derivar para o interior em direcção a Leiria, com o adiantar da hora e o calor a apertar cada vez mais, e quase sem água e já tinha entrado em "modo de poupança de água", precisei mesmo de fazer uma paragem técnica, tinha vontade de urinar e não conseguia a não ser que saíssem uma pingas que ardiam como se estivesse a drenar vidro moído, mau sinal, isto é desidratação pensei eu, puxei dos galões e "ordenei" uma paragem para reposição de líquidos, num café que estava do outro lado da rua, com uma esplanada à sombra muito convidativa, eram 14h37, levávamos cerca de 140 km percorridos, era mesmo preciso acalmar o ritmo alucinante que levávamos.
Foi mesmo o que precisava, uma cola fresquinha caiu tão bem, açúcar, cafeína e líquido fresco para arrefecer o "radiador".
Retomou-se novamente o caminho, claro que agora cada vez que se parava, custava imenso a voltar a sentarmos-nos no selim, o rabo clamava por clemência, mas ainda faltava um pouco percurso para chegarmos ao hotel, onde nos esperava uma piscina para refrescar.
Algum tempo depois a carrinha reuniu-se novamente a nós, onde pudemos repôr água nos bidões, e passar alguma água na cara e na cabeça antes de retomar o caminho, estávamos perto, embora não tivéssemos bem a noção do caminho que nos esperava, se subia ou se descia, e as indicação na estrada eram muito limitadas.
Nesta altura começavam a chegar ao limite as nossas forças e o nosso discernimento, curiosamente nem me sentia muito cansado, aproveitando cada descida para rolar à máxima velocidade aproveitando tudo, já que nas subidas ia-me mais abaixo, o Sérgio já não ia muito bem também, o Nuno só se queixava de algumas dores num joelho mas ia-se aguentando também.
Mas lá se conseguiu chegar a Monte Real, 15h30, com cerca de 9 horas decorridas desde a nossa partida, com 8 horas e 15 minutos a pedalar, 182kms, tinha batido o meu recorde de distância percorrida num só dia.
Tempo de fazer o check-in e tomar uma rápida banhoca para tirar o pó e o suor, e entrar pela piscina dentro, que bem soube aquela água fria nas pernas.
Ainda deu para descansar um bocado antes de se ir jantar, nem procuramos mais, o hotel onde ficamos, Hotel Flora, servia jantar tipo buffet, não era nada de especial mas ninguém estava com vontade de andar à procura de restaurante e servia perfeitamente para repôr as energias.
Ainda virei a acrescentar mais fotos, mas agora só tenho as minhas.

Continua.. no segundo dia ...eheh .. aí é que custou muito

No dia seguinte, depois de uma muito mal dormida noite, lá tomamos um excelente pequeno almoço no hotel, e preparamos para nos fazer ao resto do caminho que faltava, cerca de 40 kms.
O tempo até parecia querer ajudar, escondendo o sol à nossa partida, mas bem pouco tempo depois viria a descobrir, aquecendo-nos bem as costas pelo caminho. Sabia-se que seria bastante duro, já que de Leiria até Fátima, o Nuno já no ano passado tinha percorrido esse caminho, sabíamos que seria sempre a subir quase sempre, sem grandes sítios para repousar.
Até Leiria foi-se bem, éramos 4, eu e o Nuno, totalistas até ali, mais o Sérgio com o seu "Piu-piu" e o Bruno. O grupo parecia que ia num tabuleiro, quando se descia, eu e o Sérgio vínhamos para frente, quando se subia, o Bruno e Nuno avançavam para a frente, mais levezinhos não lhes custava tanto a subir, quando tocava a descer o nosso peso servia de lastro para sem esforço ganhar mais velocidade e passa-los novamente.

Tá claro que comboios e aviões nunca me passam despercebidos...E aqui o castelo de Leiria...
Em Leiria perdemos de vista a carrinha conduzida pelo Leandro, e a meio seria bem preciso abastecer de água o pessoal, até porque facilitei um pouco devido ao tempo estar encoberto à partida, levando pouca água, entrei em modo de poupança de água novamente, mesmo assim conseguimos atingir a parte mais alta da serra e depois seria a descer até Fátima, passando por um ponto onde aqui à tempos tínhamos participado num passeio que não tinha deixado muito boas recordações, bastou para isso chegarmos ao fim e já não haver almoço para nós, além do resto que nesse dia não correu nada bem, mas enfim ... outra história...
Chegados ao recinto do Santuário, andamos a fintar os sinais de proibição de passagem a bicicletas e a segways, mas com a bike à mão, conseguimos entrar o suficiente para tirar as fotos da praxe, que provam que chegamos lá, uns mais que outros ... mas chegamos todos.
Diz o Sérgio ... eu vou ali acender uma vela e volto já ...
Tou ... é do Twiter ??... então "twitem" aí que nós já chegamos .. ok??
Aqui o Bruno ... a hidratar... eu fui hidratar uma cervejinha ali ao lado ... eheh ... isto passeios sem o Sílvio não tem a mesma piada... anda-se muito é verdade ..mas nunca se passa tanta sede, verdade seja dita...
E a foto de família tirada pelo nosso motorista ... Leandro ...
E agora tempo para as estatísticas:
Dia 1: 181,60 Km,
em 8h15m,
velocidade média 22km/h,
velocidade máxima 59,5 Km/h,
742 metros de acumulado de subidas

Dia 2: 43,18 Km
em 2h28m
velocidade média 17,5 Km/h
velocidade máxima 53,6 km/h
630 metros de acumulado de subidas

E está claro que um esforço destes tinha de ser compensado com uma viagem até à Mealhada, mais propriamente a Avelãs do Caminho, para comer o belo do leitão ou da leitoa, onde à tantos anos o pessoal da RTP fiel e pacientemente gosta de dizer que leitão é..."Na Casa Queiroz é onde o leitão espera por nós" e eu que o diga que sou cliente aqui à 22 anos, com o vinho espumoso da região bem fresco, rematando no final pela bela torta de laranja da casa...um final divino como convinha naturalmente ... acabamos de almoçar eram 17 horas ..mas valeu bem a pena a espera...
não era desta leitoa de certeza ... mas que tinha bom aspecto também.. isso também tinha...
e até ao próximo desafio ... para já vou de férias .. e as bikes desta vez não vão... ficam em casa, espero ter saudades para quando vier voltar a andar ...

Abraço e boas pedaladas
João Vaitu63

terça-feira, 11 de agosto de 2009

I Passeio de Oledo - Idanha-a-Nova - 9 de Agosto

Olá Pessoal Pedalante

Um belíssimo passeio organizado pelo Pessoal do BTT Oledo, nomeadamente o casal Manel "Adgio" e a Beta "Sun", e ajudados obviamente pelos irmãos Bruno e Tiago, passeio apesar de ser Agosto correu muito bem, apesar de com o correr da manhã começar a haver algum calor.
Como já sabia para onde ia, preparei-me o melhor possível, levei bastante água fresca que seria o principal, saber gerir a quantidade de água a beber sem esgotar o camelbak.
Passeio bem marcado, embora levasse o track carregado, quase nem precisava de olhar para ele, foi sempre a andar. Cerca de 41 kms em 3h17m, uma boa média 13 km/h, Cheguei nas calmas a desfrutar o passeio, bem a tempo do almoço, depois de um banho tomado ao ar livre quando chegamos, eu e o Ricardo, o meu sobrinho.
Neste passeio também tive a companhia do Carlos "Penatábua" e da Marta "KomKeda", pela primeira conheci o Filipe, um natural de Oledo que vive em Rio Tinto, mais uma possível companhia nos trilhos de cá.
Aqui a Marta já tinha perdido o medo de descer ... descida da Serra de S.Miguel da Acha, quase a chegar ao fim ...
Espero ainda vir a recolher mais fotos, eu tirei muito poucas ... até já ...
As fotos do Tiago...

Abraço e boas pedaladas
João Vaitu63