quarta-feira, 30 de abril de 2008

6ºEncontro Luso-galaico BTT Esposende

Esposende - 27 de Abril de 2008

Terceira prova no mês de Abril , depois da Bemposta e Amarante, faltava a última prova do Mês de Abril, prova esta, que já no ano passado a equipa da Casa do Pessoal da RTP -Porto tinha tido a experiência de fazer.
Maratona de 90 Km e meia-maratona de perto dos 60 km, parecia ser uma prova fácil de superar, mas na realidade as coisas foram bem diferentes, quase toda a semana a chover intensamente a partir de sexta-feira dia 25, como que a água pareceu acabar no céu, ficando um calor muito intenso e sol brilhou muito sexta e sábado, no domingo, felizmente o céu esteve mais encoberto senão teria sido mais difícil ainda se estivesse calor.
A nossa equipa da Casa do Pessoal esteve representada por dez elementos , foi quase a equipa toda, e todos acabaram a prova, mais ou menos cedo, mas todos chegaram bem sem haver acidentes nem avarias de maior, tirando um furo apenas, o que prova que estamos no bom caminho.


Então os bravos que se levantaram cedo na manhã de domingo , junto com outros 1360 bttistas,
eram:
913-Ruca
194-João Vaitu63
328-Nuno Carvalho
173-David Goldenchain
068-Mário Cunha
276-Sérgio Conceição
758-Bruno Filipe
594-Rui Rego
236-Pedro Lima
237-André
Com alguma dificuldade, devido a ser tanta gente, lá conseguimos reunir a equipa para partida, só o Ruca chegou mais tarde , mas ainda o conseguimos ver só na partida, como sempre.
Os nossos amigos Papatrilhos também estiveram presentes capitaneados pelo Sílvio, estiveram também o Manel, o Bruno e Ricardo.
A prova começou com cerca de 30 km muito rápidos, quase sempre planos , por ruelas e estradas perto da praia, fomos até à zona de Fão, pena não ter dado tempo para ir às "clarinhas", depois seguiu junto ao rio Cávado, até se passar por uma improvisada ponte feita com cayakes, e unidas por tábuas, simples, apenas com um senão, como era muita gente os engarrafamentos provocavam muitas paragens a meio, e no meio aquilo abanava um bocado, pelo que optei por continuar a travessia a pé, não fosse o diabo tecê-las, ainda assim houve quem fosse à banhoca sem querer pelas fotos que vi.



Nos primeiros quilómetros fui a puxar bastante, consegui acompanhar o David durante algum tempo, até por que não seria fácil, dado que levava uma daquelas bikes em que só é preciso dar aos pedais, uma das bikes de teste do Corte Inglês, uma Specialized Stumpjumper, magnífica, aquilo é mesmo só dar aos pedais porque a bike faz o resto.
Quando começaram as dificuldades, o David, o Pedro e o André foram para a frente, e só os voltei a ver no primeiro reabastecimento, mais ou menos aos 30 km, um sítio óptimo, junto ao rio, um sítio com muita sombra, fresquinho e com bastante espaço para toda a gente. Neste ponto foram sendo definidas as nossas posições relativas, o Ruca já lá ia para a frente, a seguir, o grupo do David, Pedro e André, depois eu, o Nuno e Ricardo dos Papatrilhos e mais para trás foram ficando, o Rui Rego, o Bruno, o Mário e o Sérgio, para trás mas não muito, já que quando nós arrancamos do reabastecimento eles já tinham chegado.
O reabastecimento foi bom, com um saco a ser distribuído individualmente, com uma banana, uma maçã, uma sande água, e havia ainda laranjas partidas e tudo com abundância, no ano passado tinha sido um dos aspectos maus da prova.

Lá arrancamos, e aí começaram logo as dificuldades, as subidas começaram a moer bastante, juntamente com a muita lama que havia pelo percurso, a partir daí foi um sobe e desce constante, que começaram a pesar nas pernas sendo preciso muitas vezes seguir a pé, para relaxar os músculos de vez em quando, era preciso aguentar as forças para chegar ao fim dos 60 km. Comecei a passar por muita gente que ficou com caimbras, e encostava, também alguns problemas mecânicos, muitos furos também. Felizmente comigo foi sempre a rolar.
Ainda houve um rebastecimento intermédio de água, que nem cheguei a parar, levava que chegasse e não precisei.
Quilómetro 50, novo reabastecimento, era o ponto onde se fazia a decisão de ir aos 90, fazia, porque quando lá cheguei estavam a retirar a placa, pelo que já não deixavam mais ninguém ir para a maratona.
Dali até à meta era quase sempre a descer e depois uma parte plana junto à praia, mas ainda custou um pouco a fazer porque o vento norte estava a soprar muito forte, e houve uma parte em que se rumava a norte, mas chegados à zona da praia, o vento pelas costas até nos fez voar num sprint alucinante, por ali fora, para chegaramos à zona da meta, e estarmos mais de 15 minutos numa bicha para controlar a chegada, esta nunca me tinha acontecido, alguma coisa falhou ali, ali e não só, porque depois disso, para tomar banho nas piscinas de Esposende, nova bicha interminável, quase meia-hora ali ao frio para entrar nos balneários. Pelo menos havia água quente, com fartura, mas não se compreende que nos obrigassem a usar apenas duas exíguas salas, e a descalçar os sapatos à entrada, quando as meias também estavam cheias de terra, não se percebe. É bom ter uma prova com quase 1400 pessoas presentes, mas há que criar as condições para receber tanta gente. Depois do banho, nova bicha interminável para o almoço, quase uma hora de espera, entre a muita gente e a comida que ia acabando, lá ia sendo reposta mais ou menos rapidamente, o almoço até estava óptimo uns grelhadinhos frango, costelinhas e salsichas, mais um arroz e batata frita de pacote e um caldo verde, sem tora, cerveja quase morna, coca-cola para quem quis e água com fartura.
Cansados, mas sempre dispostos à brincadeira foi mais óptimo convívio, mais um domingo muito bem passado com os amigos.
Na próxima semana, no dia 3 Sábado, iremos ter um passeio "desorganizado" por nós, um passeio à beira-mar para cativar mais adeptos para a modalidade, um passeio virado para a família e amigos da casa. Praia de Canide Norte.

Abraço e boas pedaladas
João Vaitu63

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Trilhos do Douro Internacional - 6 de Abril (Update)

P4060122 Cruzando Arroyo
Trilhos do Douro Internacional - Bemposta.
Ensinando ao pessoal o caminho por cima das águas .. depois de eu ter passado vieram todos atrás ... eheh
Z006 Cruzando Arroyo - Alfonso y David (Foto de Club Bicizamora)

domingo, 13 de abril de 2008

3ª Rotas do Marão - 13 de Abril de 2008

Serenata à chuva...

O dia amanheceu muito cinzento, tinha chovido muito toda a semana, mas previa-se que não chovesse hoje (domingo 13), puro engano. Tinha combinado encontrar-me com o pessoal dos Papatrilhos, Silvio e companhia, na área de serviço de Penafiel. Enquanto esperava que ele chegasse, a chuva começou a fazer a sua presença e em força.
Chegados os Papatrilhos, juntou-se à nossa companhia o nosso amigo dos Cotonetes Pedro. Todos um bocado receosos do mau tempo, comentávamos as possibilidades da maneira como ia decorrer a prova. Estávamos com tempo folgado, já que o amigo Bartes de Penafiel tinha levantado os nossos dorsais no sábado, poupando-nos assim o tempo de ir levantar os dorsais.
Lá chegados o parque de estacionamento parecia pequeno para acolher um evento destes, estavam esperados cerca de 600 bttistas, e pareceu-nos que ninguém se assustou pelo mau tempo.
Sabia bem que o que me esperava não era pera doce, os trilhos iam percorrer a Serra do Marão, mas era mais um desafio aliciante , mais uma serra para a minha colecção onde nunca tinha andado de bike. Eram esperados cerca de 45 Quilómetros de sobe e desce, até cerca dos 720 metros de altitude, que seria o ponto mais alto sensivelmente a meio do percurso.
O que aconteceu foi mais ou menos isso , a conta ficou pelos 48 Km, mas com 1400 metros de acumulados de subidas.

O início da prova, foi um passeio tipo volta de apresentação pela cidade de Amarante, a dar uma volta pelas ruas da cidade, depois saímos da cidade e começamos a subir, a subir quase até o meio do percurso, grande parte do trajecto foi feito em alcatrão (felizmente para mim) já depois do primeiro reabastecimento então iríamos fazer algumas descidas, algumas delas bem perigosas, mas sempre devidamente assinaladas com tabuletas de perigo bem visíveis.
O Pedro dos Cotonetes, passou por mim, a desafiar-me a ir aos 80, nem pensar, os 45 iriam ser suficientes para um grande empeno, quanto mais tentar ir além disso. vamos com calma, eu hei-de lá chegar, mas a seu tempo e com o treino suficiente.
A chuva ía caindo de vez em quando, encharcando-nos a roupa, optei por não levar o impermeável e acho que fiz asneira, porque quando a altitude começou a ser maior, a roupa molhada começou a arrefecer, tornando-se incómoda a sensação da humidade.
Pelo menos, dos upgrades que tinha feito um deles estava a resultar em pleno. As meias impermeáveis funcionam mesmo, apesar das minha reticências em comprá-las, hoje agradeci bem tê-las levado nos pés. A chuva intensa tinha tornado parte dos trilhos pouco cicláveis, e com muitos exercício de equilíbrio pelos trilhos, não foram poucas as vezes que foi preciso pôr o pé no chão, quase sempre ensopado e enlameado e, muitas vezes pequenos riachos atravessavam o trilho, obrigando muitas vezes a mergulhar as sapatilhas dentro de água.
O outro upgrade, foram os pratos pedaleiros substituídos esta semana, a conselho do Pedro Bravo, optei por adquirir uns pratos com uma característica especial, não são bem redondos, são ovais de modo a eliminar ou reduzir o ponto morto da pedalada. Acho que resulta, o que não resultou desta vez foram as pernas, que não aguentavam o ritmo pedido .
O terreno muito pesado aliado às constantes subidas, começaram a a fazer mossa nas minhas pernas, continuava devagar por lá acima, hesitante entre parar para comer alguma coisa, já que começava a sentir fome e aguentar e continuar até ao reforço, as prometidas febras na brasa.
Mais ou menos a meio do percurso total começamos a ser avisados pelos comissários da proximidade do reabastecimento, pelo que optei por aguentar. O reforço, estava óptimo, as febras na brasa estavam óptimas, mas não tinham só febras, havia pão, fruta, queques, barritas energéticas, muita água, sumos e tudo em quantidades suficientes.
O chamado reforço à maneira, ou à boa maneira hospitaleira transmontana de bem receber quem os visita, é sempre um bom cartão de visita, e fica sempre a vontade lá voltar outra vez.
Optei por não comer demasiado, peso já levo suficiente, comer mesmo só para ter alguma força.
Estava mesmo bastante cansado, nem me lembrei de tirar algumas fotografias para vos abrir o apetite desta vez.
As paisagens como sempre lindíssimas, foi pena o tempo estar muito chuvoso, nem me atrevi a tirar a máquina fotográfica do saco, mesmo assim ficou molhada.
Esta subida era impressionante apesar de não parecer muito inclinada, era e muito , e o piso muito escorregadio com a lama muito empapada, tenho dúvidas que houvesse muito pessoal a passar por lá montado, o meu grupo de empenados foi sempre a pé, como eu e com as sapatilhas cobertas de lama. O desafio, embora difícil, foi superado com um tempo muito lento, em relação ao que contava fazer, mas o que interessa nestes casos é acabar, passar a meta, na próxima tentarei fazer melhor. E ganhei mais alguma experiência nestas andanças, todas as etapas servem para acumular experiência e não só quilómetros.
Tempo gasto a pedalar, cerca de 5 horas, com as paragens deve dar um tempo de prova de cerca de 6 horas. Para 48 km é muito, muitas paragens a recuperar forças é o que dá, mas nem todas as provas são como a meia-maratona da Bemposta da semana passada.
Agora as fotos da "desorganização"...





Vamos ver como correrá a próxima.
6ºEncontro Luso-Galaico de Esposende, dia 27 de Abril, prova que vai contar com a quase totalidade da equipa da Casa do Pessoal da RTP-Porto, nada menos que 10 elementos estão inscritos, será que aparecem todos? será que há algum destemido que vá fazer a maratona em vez de fazer a meia-maratona, a diferença é tão pouca,pelo publicado os 50 são quase 60 e os 90 são poucos mais de 85 , por 25 km e a pagar o mesmo fazíamos um pouco mais, que dizem??É só fazer as contas, como dizia o outro. Que me dizem ... porreiro pá, porreiro?.. ou Vaitu??

Abraço e boas pedaladas e treinem muito .. que bem precisam
João Vaitu63

Já agora .. as classificações .. dos amigos que participaram ...
69º - Manel dos Papatrilhos com 3h 47m (disseram que deixou passar meia dúzia deles para ficar com esta posição)
112º- Silvio dos Papatrilhos com 4h 03m ( ficou a fazer tinóni .. tinóni ...)
141º- Nuno da Ntel com 4h 11m
143º- Bruno Bartes com 4h 11m
155º- Pedro dos Cotonetes com 4h 17m
251º- Bruno dos Papatrilhos com 4h 56m
308º- João da C. P.RTP com 5h 43m (muito fraquinho .... muito fraquinho)

e se isto não é perseguição .. não sei o que é .. vejam lá quem ficou em 277º ...
http://spreadsheets.google.com/pub?key=pAQ_-C4F7QZt9I7sM15s-VA

segunda-feira, 7 de abril de 2008

2ºTrilhos do Douro Internacional - Bemposta

Viva
A primeira prova do Mês de Abril, 6 de Abril de 2008, Bemposta, Mogadouro.
A convite de uma amiga, a Simone, que também é a educadora de infância do meu filho mais novo, fui participar nesta prova que prometia. Já conhecia as paisagens deslumbrantes das Arribas do Douro Internacional, mas passear por lá de bike seria sempre diferente, e lá fomos passar um rico fim de semana em família.
Na prova iria ter a companhia do meu sobrinho mais novo Ricardo


Cá está o Rui a tentar chegar aos pedais da bicicleta da Simone.
Havia 3 tipos de prova de BTT, 23 Km , 40 km e 60 Km. Pensei, quando fazem uma prova ainda mais pequena é porque vai ser dureza pela certa. Como ia acompanhado pelo meu sobrinho, optei por fazer a dos 40 km, para não haver grandes surpresas. Assim chegava cedo aos prometido reabastecimento, prometido e cumprido, e qualquer coisa que neste mundo do BTT não me lembro de ter tido esta experiência alguma vez.
A Simone vinha também acompanhada por outra amiga, a Cila e por um amigo, o António ...
Para minha surpresa, dão muito bem ao pedal os três, o que só prova que não é o material, mas sim as pernas que contam.
Aqui a passarem um pequeno ribeiro, sem quererem molhar os pés, está claro , que eu cortei a direito e passei mesmo pelo meio do ribeiro, com água pelos tornozelos, já estou mais habituado a estas coisas ... eheh ... até porque logo a seguir havia muita lama, onde íriamos ter de sujar bem as sapatilhas.

Na foto já depois de ter cruzado o ribeiro, e a mostrar por era o caminho por cima das águas... eheh...
Como de costume, o meu excesso de peso obriga-me a ir mais devagar nas subidas, pelo que o grupo da Simone foi para a frente. O Ricardo "bufava" um pouco por ter de ir devagar à minha beira, mas era esse o combinado , não estava autorizado a "fugir" de mim.
Lá chegamos ao sítio onde se fazia a decisão, 40 ou 60 Km, havia um pequeno reabastecimento de água e fruta. Acabei por decidir ir aos 40 Km, não estava muito confiante em mim, o calor começava a apertar, no perfil de altimetria havia umas subidas que me pareceram um pouco difíceis, mas como estava com o Ricardo, e ele ainda é uma caixinha de surpresas, uns dias tem muita força, noutros estoira rapidamente, optei pelos 40, é para disfrutar não é para sofrer. E ainda tinha um carro para trazer mais 300 km.
Separamos-nos do grupo da Simone, grandes mulheres, optaram pelos 60 km, e fizeram-nos todos até ao fim.
Os trilhos eram realmente espectaculares, muito rápidos, sempre bem marcados pelos campos todos floridos pela Primavera, dava gosto pedalar assim.
Chegados ao reabastecimento, outra surpresa, estava prometido realmente uma coisa sumptuosa e foi.
Javali estufado no pote, chouriço e alheira assados na brasa, salpicão, um presunto à disposição, folar transmontano, pão, queijo, fruta e doces variados.

Optei por nem me meter no vinho, senão ainda podia correr mal dali para a frente, e ainda havia 15 km para fazer. Ainda me esperava um posta à mirandesa para o almoço.
Três horas de pedaladas, cerca de 15 km/h, o que prova que os trilhos eram realmente fáceis de fazer.

Agora depois de ver a classificação, 9º lugar na meia maratona (40 Km) ... espectáculo e não eram só 10 a correr, ehehe ..... eram 34 ...
Mais fotos no album picasaweb
http://picasaweb.google.pt/jcesar63/2TrilhosDoDouroInternacional