segunda-feira, 30 de junho de 2008

Mega Pedaladelas - Caldas da Rainha - 28 e 29 deJunho

Realizou-se nas Caldas da Rainha o 5º encontro e 1º Mega-encontro das Pedaladelas, as meninas que frequentam o ForumBtt.net, fizeram um convite ao pessoal do Movimento À Borliú.
E claro fim de semana, em cheio, que prometia e, que podia levar a família toda comigo, para não ficarem sozinhos em casa , era mesmo de aceitar. E não me arrependi nada, nadinha, foi mesmo um fim de semana em cheio, com Btt, com bastante convívio com malta espectacular.
Só foi pena mesmo das meninas do norte que convidei, para virem pedalar, ninguém ter aceite, mas nestas coisas, só vai quem quer e só faz falta quem está, quem não esteve não sabe o que perdeu, poderá ter um cheirinho através do meu relato, mas não é o mesmo.
Saímos pelas 5h45 de casa, um trajecto que demorava cerca de 2 horas e picos (esta saiu sem querer.. eheh), feito pelas auto-estradas novas do Oeste, chegamos cedo ao local marcado para a concentração do pessoal, alguns já tinham ido de véspera lá pernoitar, logo já houve brincadeira naquela noite, alguém andou a amarrar os puxadores das portas, malandrices do Pénatábua e não só .
Quando chegamos, estavam já alguns a tomar o pequeno-almoço, deixei o meu pessoal instalado no alojamento, rumamos a Óbidos, à procura da Igreja Matriz, onde era o ponto de encontro com os guias, pessoal da zona que ia nos mostrar os trilhos da zona.

Depois das primeiras afinações e encher pneus já habitual, nestas coisas, lá conseguimos juntar o grupo para a foto de família.
Rumo à lagoa de Óbidos, primeiro sítio bom para as fotos não sem antes termos de escalar umas paredes que até a pé, se faziam com muita dificuldade, mas com toda a gente a dar a sua mãozinha para ajudar, quer a puxar as bikes quer o pessoal , lá se chegou ao primeiro ponto alto , com o castelo de Óbidos em fundo, onde pode fazer uma foto ao grupo feminino.
As guerreiras em pose , depois de vencida a primeira dificuldade Do outro lado, o grupo dos rapazes
O nosso fotógrafo de serviço , o Torugo, sempre incansável, ia à frente esperava pelo grupo para tirar as fotos da praxe, também tem direito a aparecer, depois de mais um sprint ...
Agora o pelotão a rolar pelos estradões, a Carla Beato, a Soraia, a Cristina, a Naani

A Corina, aqui já depois da queda que lhe fez a entorse, mas lá seguia normalmenteEu o Pénatábua
Entretanto alguns percalços foram acontecendo pelo caminho, o Pénatábua rebentou a corrente, e foi preciso remendá-la, alguma quedas foram acontecendo, particularmente a da Soraia, que a descer um drop, desiquilibrou-se e foi cair em cheio no tojo, cheio de picos, até dava pena vê-la a gritar com dores, com picos por todo o lado, mas grande mulher lá continuou pelo menos até a um ponto aonde pode ser recolhida de carro, enquanto nós continuávamos o resto do caminho já por estrada, estava a ficar muito tarde para o almoço, acabamos por chegar ao acampamento só às 4h00 da tarde, já andava o pessoal com a barriga colada às costas, os reabastecimentos podiam ter sido melhores se o café onde parámos para beber umas cervejinhas frescas, tivesse mais variedade para comer, mas enfim quase toda a gente ia mais ou menos prevenida para um passeio em autonomia de 56 km. Alguns trilhos em areia acabaram por ser um bocado cansativos, porque a altimetria até nem foi nada de especial, cerca de 700 metros.
À chegada às Caldas, o grupo já se tinha separado com alguns a irem directos ao acampamento, enquanto outros que precisavam de ir buscar o carro, eu e a Corina acabamos por começar a ficar para trás, sem que os outros dessem por isso, chegamos a um ponto em que eram os populares a dizerem-nos, os outros foram por ali, e lá seguíamos. Até que chegamos a um ponto em que já não os víamos, nem, ninguém que nos desse indicações, eu sabia que o caminho era ir às Caldas da Rainha e depois de lá para Óbidos, andamos um pouco perdidos lá pela cidade, só nos indicavam caminhos por onde não podíamos ir, tipo auto-estradas, a Corina conseguiu vislumbrar um placard, onde dizia Intermarché-->Óbidos, bem tinha de ser por ali, lá seguimos por ali fora, até que repente numa estrada uma placa indicava o caminho para Óbidos, embora cansados, parece que retomamos o ritmo mais veloz novamente, até que de repente a Corina, solta um grito, "ai que felicidade", confesso que fiquei um pouco perplexo porque não estava a ver a razão de tanta alegria, mas tinha razão, embora ao longe avistava-se o castelo de Óbidos, estávamos bem perto dos nossos carros, eis que senão quando quase a chegar à igreja, surgem-nos de uma rua ao lado direito os nossos companheiros, o queria dizer, que mesmo perdidos não perdemos tempo nenhum, já que o caminho mais perto devia ser o que nós tomamos. A Corina só dizia que já tinha uma história para contar aos netos. Bem pelo menos esta teve um final feliz e ainda bem.
Lá fomos directos para o acampamento, tomando uma banhoca á pressa, e toca a comer os grelhados que nos puseram à disposição, chouriço, febras, entremeada, enfim com a fome que toda a gente estava tudo ia marchando.
Foi um passeio longo, com alguma dureza, mas que toda a gente foi capaz de fazer sem problemas, a repetir sem dúvida , ao fim da tarde o pessoal optou pela piscina para retemperar as forças, e apanhar algum sol para reduzir as marcas dos equipamentos nas pernas e nos ombros.
Resumindo e comprimindo, que a história já vai longa, foi um fim de semana de convívio, com os amigos do Btt doutras regiões do País, que por vezes conhecemos apenas pelos nicks do Forumbtt, e o cimentar de amizades independentemente das regiões, dos clubes, dos partidos, apenas partilhamos a mesma paixão o Btt, aliado ao contacto com a natureza, a fuga das cidades e dos carros sempre que possível, o exercício físico de uma forma saudável, e aliando a isto tudo a possibilidade de conhecer novas zonas do nosso País.

Abraço e boas pedaladas, ou pedaladelas mas com menos picos para a próxima
João Vaitu63

sábado, 21 de junho de 2008

24 horas Btt Monsanto, Lisboa, 14 e 15 de Junho

Passada a prova das 24 horas, num fim-de-semana que quase nem se deu pelo tempo passar, convém fazer algum tipo de balanço da nossa primeira participação numa prova deste género.

Em minha opinião, o balanço é positivo, já sabíamos à partida que não íamos lá para ganhar nada que não fosse experiência, umas boas horas de são convívio, diversão.

Isso, acho que não faltou em todo o dia, boa disposição, brincadeira.

Agora se calhar é altura de alguns de nós fazermos uma reflexão sobre o que fizemos, o que podíamos ter feito, o que correu mal, o que falhou e o que poderá (deverá) ser corrigido.

Em primeiro lugar, comecemos o rescaldo.

Esta prova, teve um longo trabalho por trás, de alguns meses, posso dizer isso. Tenho a agradecer o trabalho de todos os que me ajudaram, talvez uns mais que outros, mas não tenho razões de queixa.

Começou-se por planear, desenhar e mandar executar o equipamento, com a ajuda do colega Jorge Menau, do nosso Alfaiate da Cofides, Pedro Teixeira, opiniões daqui e algumas “contra-opiniões” dali, mas toda a equipa pode dar palpites e, como isto é uma “democracia”, era preciso alguém ter a última palavra, porque senão nem em Dezembro iríamos chegar a um consenso. Acho que ninguém se queixou relativamente ao desenho dos equipamentos, em relação aos tamanhos já não foi bem assim, apesar de quase todos terem tido a oportunidade de experimentar, mas contornou-se os problemas de uma maneira ou de outra.

Depois das inscrições feitas, e pagas, houve alguns contratempos de última hora, coisas perfeitamente normais de acontecer, saíram uns entraram outros, o importante foi ter 3 equipas de 4 elementos, que fizeram o que podiam, deram as voltas que conseguiram, com o material que dispunham, e não se pode exigir mais.

Na semana anterior planeou-se com tempo o que seria preciso, nada nesta “produção” foi deixado para o fim, excepto o necessário. Cada um soube com tempo o que seria necessário trazer de casa, o que se combinou comprar para levar para comer e beber.

Acho que todos estão de parabéns, cada um cumpriu coma sua parte, e quando é assim, o resultado só poder ser bom.

A meio da semana cheguei a ter receio da deslocação, devido à greve dos camionistas, e à falta de combustíveis em Lisboa, felizmente isto passou-se a tempo, e pudemos partir sem receio. Pudemos carregar quase tudo no dia anterior, de modo a ser possível chegar cedo e ser só pegar nos carros e andar. Largada prevista para as 6h00, embora não tendo estado lá, já que apanhei boleia do meu sobrinho, mas sei que ninguém se atrasou e a viagem correu bem a todos. Pudemos chegar cedo, cerca das 9h30/10h com tempo, procurar o nosso bungalow, onde montamos as nossas boxes, e o restaurante, sim porque isto de pedalar, dá cá uma fome à gente, e o calor que se fazia sentir também fazia muita sede. Combinou-se a táctica das 3 equipas, a mim coube a “honra” de abrir as hostilidades da minha equipa, e ainda bem, já que como sou mais lento, a primeira volta iria ser dada com alguns engarrafamentos, muitas vezes foi preciso desmontar devido à aglomeração nos trilhos, mas depois de ter passado cerca de metade do percurso, eu e o Rui Rego, já rolávamos à vontade sem problemas. O Rui Castro já ia muito mais adiantado, naturalmente, ainda houve uma dúvida numa parte do percurso, em que uma seta mal pintada no chão parecia indicar seguir em frente rumo a uma parede, o que fizemos, só que chegados lá acima, não havia indicações nenhumas e fomos avisados que não era por ali o percurso, voltamos para trás e retomamos o caminho. O percurso era bastante técnico, muitos single-tracks, aliás quase metade do percurso era em singles, e em zonas por vezes um pouco perigosas que iam originando algumas quedas, muitos furos. Com algumas raízes a espreitar do chão, troncos de árvores cortados um pouco acima do chão, árvores manhosas que se atravessavam no nosso caminho, havia de tudo um pouco. Na nossa equipa não houve furos registados, quedas também não, pelo menos com consequências, ninguém se aleijou.

Durante o dia fomos tendo a oportunidade de ir tratando do nosso farnel, grelhando as febras, as entremeadas, os chouriços, alheiras sempre bem acompanhadas pela bela cervejinha bem fresca, vinho também para quem quis. Fome e sede, ninguém passou.

Houve ainda o jantar da organização, uma massa à bolonhesa, aceitável, saborosa, embora o tempo que se esperava na bicha fosse demasiado, mas eram as condições existentes. No pequeno-almoço acabamos por ir fazer uma visita ao Ikea e tomar lá o pequeno-almoço por 1 euro, um pequeno-almoço muito bom.

Balanço da minha participação, fiz aquilo que podia, infelizmente quando deveria ter ido andar durante a noite, ninguém me acordou, e o colega que ia andar a seguir, acabou por estar mais de 1 hora à minha espera, enquanto eu dormia profundamente, acabou por ser a única falha da nossa equipa, a 4-050, porque até ali sempre estivemos mais ou menos bem sincronizados, fazendo sempre estar alguém na meta pronto a partir.

Nas outras duas equipas 4-083, e 4-084, achei que poderiam ter feito um pouco melhor, mas desculpa-se a falta de experiência, penso que na próxima será melhor, termos alguém a coordenar a manobra da equipa é fundamental para se perder o mínimo tempo possível.

De resto as 24 horas passaram num instante, quando se deu por ela já nos estavam a telefonar da recepção do parque de campismo a perguntar se a gente se tinha esquecido de ir entregar a chave. Já passava do meio-dia. Foi arrumar tudo à pressa e acabar de almoçar, e pormo-nos ao caminho, já acompanhados de chuva. Parecia que o céu tinha feito tréguas especialmente para aquelas 24 horas, estando sempre um tempo magnífico.

Não acompanhei o resto do pessoal mas pelo que me contaram a viagem foi também divertida, pelo menos para alguns, talvez menos para os que vinham a conduzir.

Bem agora se calhar vamos tentar reunir pessoal para as próximas 24 horas, parece que o pessoal gostou do evento e quer repetir mais vezes.

Abraço e boas pedaladas

João César