quarta-feira, 26 de março de 2008

10 razões para não comprar uma Trek

Dez razões para não comprar bicicleta de marca Trek. Subscrevo quase todas .. ehehe.
10 - Você não conseguir dormir em condições a sonhar com as futuras vitórias nas provas.
9 - Não é conduta desportiva ter uma vantagem tão grande sobre os outros ciclistas.
8 - Vai sentir a falta dos manuais mal traduzidos das bikes importadas de Taiwan.
7 - Concerteza, a Trek fabrica as bikes na América, mas comprar material importado é uma maneira de ajudar os países estrangeiros.
6 - As pessoas que conduzem Trek, parecem ( e são) mais inteligentes.
5 - As Trek sao demasiado leves e rápidas para fazerem um bom trabalho.
4 - Não é fácil ter de escolher entre andar de bike e ver um bom programa de televisão.
3 - Não se pode culpar a bike por ter um mau dia.
2 - Atractiva, confiável, estável ... arranja uma vida própria, é apenas uma bike.
E a primeira razão para não se comprar bikes Trek, é que eles (americanos) já têm produtos que cheguem a liderar o mercado.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Treininho de fim de semana - 15 de Março

Desafiei o pessoal para fazer um treininho de pedalar bastante, uma distância mais longa, mas sem grande dificuldade. Fazer o meu habitual Gaia - Furadouro, cerca de 80 km , planinhos.
Depois de ter "escalado"a montanha de 1ª categoria do Monte da Virgem, logo a seguir ao almoço, mas senti-me bem, o aquecimento foi razoável, apanhei os meus sobrinhos em casa deles, o Pedro "Berg" Salvado e o Ricardo "GT" Salvado, e lá viemos ao encontro dos outros, o Mário "Coluer" Cunha e o Nuno "Decathlon". Éramos cinco, havia quórum, podíamos iniciar o treino a sério.
Tinha marcado às 14h00 na RTP, mas o Nuno obrigou-nos a um compasso de espera, por causa do curso dele , enfim desculpa-se , mas saímos com meia-hora de atraso, o que ia ser um problema mas só no final do dia.
Esperava fazer cerca de 80 km, o dia estava mesmo bom para andar de bike, tinha chovido de manhã mas de tarde o dia compôs-se, embora encoberto, não estava frio.
Fomos na primeira parte sempre a descer até à praia, rumamos até Valadares, com algum vento pela frente, mas como era a descer nem se dava por isso. Depois foi seguir pela praia, até Espinho, não sem antes lhes fazer uma pequena surpresa, um pequeno trilho de terra e areia, meu conhecido, junto à linha do comboio, e que também tinha alguma lama devido às chuvas que tinham caído entretanto. Foi apenas para não terem saudades da terra, e para quebrar o ritmo que estava muito rápido. Lá se continuou em direcção ao pinhal de Cortegaça, junto à Base Aérea, desta vez não se ouviu actividade aérea, a guerra estava fechada no fim de semana .
Depressa se chegou ao Furadouro, até porque eles ultrapassaram o guia , e eu fiquei um pouco para trás , não ia cansado, mas a constipação que me tinha atormentado durante a semana ainda não estava completamente curada e de vez em quando lá ia saindo alguma expectoração, limpeza mais que necessária aos pulmões, e aquela mancha verde de pinhal ajudava e de que maneira a isso.
Chegados ao Furadouro, houve quem fosse ver se a água estava fria, não devia estar, porque foi ao banho
e aqui está a prova que eles foram capazes de chegar ao Furadouro...
Entretanto o "patinho" acabou o banho .....
Com as forças já recuperadas, depois de um café, o meu doping favorito, na hora do regresso...
As estatísticas não mentem, tínhamos feito cerca de 2 horas até ao Furadouro, 38 km, o que é muito bom, para nós.
O Nuno que fazia a estreia dos pedais de encaixe, quase que protagonizava o espalhanço do dia, quando um táxi em Espinho, não se desviou dele. Ele bem tentou acertar-lhe , mas ele (o Táxi) quetinho, nem se mexeu. Mas a população local gostou da manobra, e fartou-se de pedir "bis", o que ele não atendeu, fica para a próxima.
O regresso foi mais lento, e como a noite se aproximava e nem toda a gente tinha luzes na bike, acordou-se em fazer o regresso de comboio e rumamos até Espinho, onde apanhamos uma grande seca, tinhamos perdido um comboio por poucos minutos, foi preciso esperar bastante pelo próximo, consequência de ser Sábado, há menos comboios.
Ao todo fizemos 60 e poucos km's, em cerca de 3 horas, um bom treino , mas insuficiente para os objectivos a que nos tínhamos proposto à saída, mas fica para a próxima, os dias estão cada vez maiores.
Eu e os meus sobrinhos, saímos do comboio quase em casa, mas o Mário e o Nuno ainda tinham de fazer a escalada de primeira categoria, até à RTP, e depois do empeno não deve ter sido fácil.
Até ao próximo treino ... e boas pedaladas.
João "Trek" Vaitu63

sábado, 8 de março de 2008

Colocação correcta da altura do selim, para BTT - by Paulo Marinheiro

Entre pernas com sapatos calçados X 0,885 = altura do selim numa linha paralela ao tubo vertical até ao topo do selim

Com sapatos porquê? porque a diferença dos diversos modelos de sapatos é uma variável que induzirá em erro. Na questão do recuo, é pouco importante pois seguirás a paralela ao tubo vertical, mas por norma se andares com o selim mais chegado à frente, esta formula está correcta, mas se usares um recuo maior, deves retirar ao valor dado, baixando de 2 a 4mm, na procura do maior conforto. Selim deve estar retrasado alguns centímetros, 4 a 6 por norma... norma da estrada que é plana (com raras excepções). Em btt deverias tê-lo todo chegado à frente, para quando estivesses a subir, ele estivesse então com o retrasamento necessário, os tais 4 a 6cm, pois na estrada por norma não apanhas as empenas que apanhas no btt, e se experimentares em casa colocar um livro grosso apenas, debaixo da roda da frente, verás que o eixo pedaleiro ficou sensivelmente no mesmo sitio, mas o selim recuou logo em relação a este, 3 ou 4 ou mais centímetros, no que se partires logo com 5cm de retrasamento, vais para 10, ou seja tens a bike na sala e pedalas na cozinha, alterando todo o centro de gravidade do conjunto atleta/bike, que inclusivamente te criará dificuldades técnicas para passar certos topos, obrigando-te a desmontar. Se gostas de rolar, recuas mais ou menos bem, se és trepador, recuas o mínimo mesmo e vendes o thompson que estarás numa situação de compromisso a rolar, mas em "casa" a subir. Esta estratégia é vista e comentada em entrevista com Hermida, e outros de topo. Desde sempre o Ricardo Marinheiro anda todo chegado à frente por opção, levando ao cumulo de virar o tubo retrasado ao contrário, no que rolará sempre pior, tendo que por vezes chegar o trazeiro atrás no selim, mas ele ganha as provas é a subir... e é para essa situação que a bike está afinada. A descer não há influencia, pois nas descidas menos aprumadas, tudo bem, nas descidas técnicas, o traseiro é para sentar... na roda de traz... por isso...


Até à pouco tempo todo este tema era uma arma "secreta F1" do Ricardo Marinheiro para bater adversários em Portugal, pois acabas mais rápido por fadiga neuro-muscular, seja por má posição, seja por má cadência de pedalada, quer por esgotamento de reservas... aberta a quem quiser usar agora, pois... não é fácil, nem pondo o selim em cima do guiador... apanhá-lo, no que quem quiser, que vá usando as armas que ele usa para fazer o mesmo que ele, usando a sua experiência, que a guerra dele agora é com os suíços, franceses e espanhóis.

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Como tirar medida de entre pernas - para tirar o entre-pernas, calças os sapatos e o calção de ciclismo e estando encostado a uma parede, com um livro no entre pernas e paraleo à parede (encostado mesmo, que fará de esquadro), forças bem o livro até ao escroto e pedes a alguém para marcar com lápis na perede, e tens o teu valôr de entre-pernas.
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Como tirar medida de recuo de selim - Com um fio de prumo (uma linha de costura com um peso no fim...), colocas o fio encostado ao bico do selim, o peso em baixo a 3 ou 4cm do chão e inclinando um pouco a bike, a linha há-de passar livre e aprumada, algures na escora. Do ponto onde a linha passa na escora, até ao centro do eixo pedaleiro, é o valor de recuo de selim. Na estrada, em contra relógio há um mínimo legal de 5cm, no btt não há regra sobre isto.

Evita sempre calcular a altura do selim com as teorias antigas do bico do sapato no chão, do calcanhar no pedal, da axila ao centro pedaleiro, etc, que já não se usam no mundo desde os anos 70.

(Texto de Paulo Marinheiro no Forumbtt.net)

sexta-feira, 7 de março de 2008

Hait Santiago ( conto verídico )

Hait Santiago

Nas minhas pedaladas de treino, há um sítio por onde passo normalmente, que me faz sempre recuar no tempo mais de 30 anos.

Teria talvez 7 ou 8 anos, e frequentava no Verão, a Praia de Salgueiros, naquele tempo ninguém ia para o Algarve, não havia dinheiro para isso, nem o Algarve ainda estava na moda sequer.

Havia um senhor chamado Santiago, personalidade bem conhecida na minha zona, Coimbrões, um velhote castiço, daqueles que se metiam sempre em brincadeiras com os miúdos e com os graúdos, sempre em negócios, fosse vendas de livros, fosse outras coisas, sócio e espectador assíduo e atento de todos os jogos do Sporting Clube de Coimbrões, era o que hoje em dia se chamaria, um cromo.

Sempre com o característico boné de marinheiro, sempre sujo e amarrotado, assim como a roupa que trazia vestida, cachimbo no canto da boca, quase sempre apagado, mas com o estilo de um verdadeiro lobo-do-mar.

Pois em alguns verões, lembro-me de ele ter optado por passar a ocupar o seu tempo, a fazer o quê? Pois … construiu o seu próprio “barco”, ou melhor., não era um barco, era um iate, ou melhor como ele dizia, na sua pouca instrução e educação, era um Hait, o Hait Santiago. E o que vinha a ser o Hait Santiago, uma pedra no meio da praia, a que ele fez o favor de colocar uns ferros e umas cordas, a simular uma amurada de um barco real. Uns baldes de plástico resgatados ao lixo, eram a casa das máquinas, a chaminé, muitas bandeiras coloridas, com uns mastros feitos de paus de vassouras velhas e claro uma roda velha a servir de leme do barco.

Para nós, miúdos, aquilo era o máximo, andar num barco, poder ir ao leme, quando ele deixava.

Aquilo funcionava mesmo como um barco, para entrar, era preciso pedir licença ao mestre do barco, ai de quem entrasse sem ser convidado ou sem pedir licença, estava logo convidado a sair.

E cumpríamos as tarefas que nos pediam ser reclamar, lavar o convés, o que implicava ir com um balde buscar a água ao mar, não era longe, mas ainda custava evidentemente, nós não tínhamos muita força, mas íamos a todas, o que queríamos era pertencer à tripulação do barco.

O nosso Capitão, mantinha a sua postura de comandante do Barco, cachimbo no canto da boca, mão no leme, binóculos a perscrutar o horizonte, sempre atento à navegação.

Avisos, de barco a estibordo ou a bombordo, eram os gritos habituais das brincadeiras de todos, sentíamo-nos mesmo como marinheiros a sério. Eram dias bem passados.

Não sei o que foi feito do Santiago, um eterno Capitão da malta, mas acredito que a bebida em exagero ou os maus tratos da vida, o tenha levado um dia a comandar um iate ou um Hait como ele lhe chamava, na armada celestial ...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Trilho dos Moinhos - Barcelinhos 01 de Março de 2008

Boas Pessoal
Pois mais um passeio de BTT, desta vez fui com os meus sobrinhos, O Pedro "Berg" e o Ricardo "GT", o dia estava bom, não estava muito frio e ainda ia aquecer bastante durante a manhã.

Já não pedalavam quase à 3 meses, mania que só eu é que preciso de fazer treinos.
Também foi o Ruca , meu companheiro de trabalho que claro, já tem muitos anos de BTT, ainda o vimos no ínicio, depois , nunca mais ... eheh .. ele anda muito .

Alguns consagrados ciclistas faziam parte deste passeio, por exemplo , o Manuel Zeferino , agora treinador de uma equipa de ciclismo profissional, era o Maia, este ano não sei como se chama equipa. Mas ele agora anda virado para praticar o BTT, deve ser para manter a forma .. eheh.. faz ele bem.
O trilho é muito agradável de fazer, algumas subidas mas nada de exageros, poucas vezes precisei de desmontar e seguir a pé, e quase sempre foi devido a algum colega que desmontava à frente sem dar hipótese de seguir, tudo bem, não havia pressas, o que interessava era chegar ao fim. O problema desta zona, é que há muitas maratonas a passar pelo mesmo sítio, e quando pensávamos que deviamos seguir as setas azuis, também as havia brancas, afinal as correctas eram vermelhas, mas também havia muitas fitas a sinalizar, pelo que não perdi nenhuma vez, houve algumas vezes em que era preciso virar a meio de descidas, mas estavam todas bem sinalizadas, era apenas preciso ir com atenção e de cabeça levantada.
Nem sempre nos sentimos bem, hoje foi o dia do Pedro "Berg" ficar mal, uns dias em Paris, aliado ao facto de já não treinar à bastante tempo, acabou por ficar mal e acabar por gastar a pilha cedo demais. Logo aos 18 km's quiseram parar para comer sem chegar ao reabastecimento, que era pouco depois, pouco, mas uma grande e longa subida em alcatrão depois, subida ao Monte S.Félix.
O reabastecimento era dos mais fartos que já vi até hoje, tinha de tudo, e apesar de termos sido dos últimos, como de costume, havia de tudo e para todos. Barras, fruta, bolos de todas as variedades, sumos, água com fartura e fresca, foi só escolher. Nem assistência faltava, estava lá uma carrinha da Bikezone, que era um dos patrocinadores. E os Moinhos que davam o nome à prova...

Depois de reabastecidos, fizemo-nos à estrada novamente, o single track que se seguiu foi um dois melhores onde já andei, rápido, cheio de árvores, mas alucinante, quase nem dava tempo para pensar se devia desmontar ou arriscar os saltos, arrisquei sempre menos no último que dava acesso á rua, aí desmontei , pareceu-me alto, depois de passar a pé, arrependi-me, podia ter feito aquilo sem nenhum problema, mas ... tudo bem ...
A seguir onde seria a opção de seguir para os 60 km's, aquela hora já não era opção, era mesmo para virar para os 45 km's, depois foi seguir cerca de 20 km's através dos Caminhos de Santiago em direcção a Barcelos, foi só seguir as setas amarelas, e passamos por imensos peregrinos a pé.
De vez em quando era preciso esperar uns minutos pelo empenado do grupo, coitado ia mesmo mal , mas serve-lhe de exemplo para a próxima.

Ainda apanhei mais um pequeno susto quando um carro cruzou a rua mesmo à frente do meu sobrinho Ricardo, felizmente não lhe bateu, mas podia ter acontecido ali um problema chato.É preciso ir sempre com atenção mesmo nos sítios onde sabemos ter prioridades, temos de ter muito cuidado.
Mas chegamos bem, felizmente, sem mazelas, nem avarias , nem furos, prontos para irmos saborear o almoço, um rancho à maneira muito bem servido e quentinho, para quem goste, os meus sobrinhos preferem outras coisas .. eheh .. sempre deu para esquecer o banho frio ou quase frio, que infelizmente vai sendo hábito nestas provas, é difícil haver instalações que consigam suportar tanta gente a tomar banho em pouco tempo, isso é o menos. Também havia água para lavar as bikes, embora só me apercebi depois de elas já estarem "aparafusadas" ao carro, paciência, lavámos-as depois em casa. O jipe novo é à maneira para as transportar atrás.
E agora até à próxima prova ou passeio , prova em princípio será a 6 de Abril na Bemposta, Mogadouro, para os Trilhos do Douro Internacional, agora poderá haver algum passeio antes, aguardo propostas ... eehh .
Abraço e boas pedaladas
João Vaitu63