sábado, 21 de junho de 2008

24 horas Btt Monsanto, Lisboa, 14 e 15 de Junho

Passada a prova das 24 horas, num fim-de-semana que quase nem se deu pelo tempo passar, convém fazer algum tipo de balanço da nossa primeira participação numa prova deste género.

Em minha opinião, o balanço é positivo, já sabíamos à partida que não íamos lá para ganhar nada que não fosse experiência, umas boas horas de são convívio, diversão.

Isso, acho que não faltou em todo o dia, boa disposição, brincadeira.

Agora se calhar é altura de alguns de nós fazermos uma reflexão sobre o que fizemos, o que podíamos ter feito, o que correu mal, o que falhou e o que poderá (deverá) ser corrigido.

Em primeiro lugar, comecemos o rescaldo.

Esta prova, teve um longo trabalho por trás, de alguns meses, posso dizer isso. Tenho a agradecer o trabalho de todos os que me ajudaram, talvez uns mais que outros, mas não tenho razões de queixa.

Começou-se por planear, desenhar e mandar executar o equipamento, com a ajuda do colega Jorge Menau, do nosso Alfaiate da Cofides, Pedro Teixeira, opiniões daqui e algumas “contra-opiniões” dali, mas toda a equipa pode dar palpites e, como isto é uma “democracia”, era preciso alguém ter a última palavra, porque senão nem em Dezembro iríamos chegar a um consenso. Acho que ninguém se queixou relativamente ao desenho dos equipamentos, em relação aos tamanhos já não foi bem assim, apesar de quase todos terem tido a oportunidade de experimentar, mas contornou-se os problemas de uma maneira ou de outra.

Depois das inscrições feitas, e pagas, houve alguns contratempos de última hora, coisas perfeitamente normais de acontecer, saíram uns entraram outros, o importante foi ter 3 equipas de 4 elementos, que fizeram o que podiam, deram as voltas que conseguiram, com o material que dispunham, e não se pode exigir mais.

Na semana anterior planeou-se com tempo o que seria preciso, nada nesta “produção” foi deixado para o fim, excepto o necessário. Cada um soube com tempo o que seria necessário trazer de casa, o que se combinou comprar para levar para comer e beber.

Acho que todos estão de parabéns, cada um cumpriu coma sua parte, e quando é assim, o resultado só poder ser bom.

A meio da semana cheguei a ter receio da deslocação, devido à greve dos camionistas, e à falta de combustíveis em Lisboa, felizmente isto passou-se a tempo, e pudemos partir sem receio. Pudemos carregar quase tudo no dia anterior, de modo a ser possível chegar cedo e ser só pegar nos carros e andar. Largada prevista para as 6h00, embora não tendo estado lá, já que apanhei boleia do meu sobrinho, mas sei que ninguém se atrasou e a viagem correu bem a todos. Pudemos chegar cedo, cerca das 9h30/10h com tempo, procurar o nosso bungalow, onde montamos as nossas boxes, e o restaurante, sim porque isto de pedalar, dá cá uma fome à gente, e o calor que se fazia sentir também fazia muita sede. Combinou-se a táctica das 3 equipas, a mim coube a “honra” de abrir as hostilidades da minha equipa, e ainda bem, já que como sou mais lento, a primeira volta iria ser dada com alguns engarrafamentos, muitas vezes foi preciso desmontar devido à aglomeração nos trilhos, mas depois de ter passado cerca de metade do percurso, eu e o Rui Rego, já rolávamos à vontade sem problemas. O Rui Castro já ia muito mais adiantado, naturalmente, ainda houve uma dúvida numa parte do percurso, em que uma seta mal pintada no chão parecia indicar seguir em frente rumo a uma parede, o que fizemos, só que chegados lá acima, não havia indicações nenhumas e fomos avisados que não era por ali o percurso, voltamos para trás e retomamos o caminho. O percurso era bastante técnico, muitos single-tracks, aliás quase metade do percurso era em singles, e em zonas por vezes um pouco perigosas que iam originando algumas quedas, muitos furos. Com algumas raízes a espreitar do chão, troncos de árvores cortados um pouco acima do chão, árvores manhosas que se atravessavam no nosso caminho, havia de tudo um pouco. Na nossa equipa não houve furos registados, quedas também não, pelo menos com consequências, ninguém se aleijou.

Durante o dia fomos tendo a oportunidade de ir tratando do nosso farnel, grelhando as febras, as entremeadas, os chouriços, alheiras sempre bem acompanhadas pela bela cervejinha bem fresca, vinho também para quem quis. Fome e sede, ninguém passou.

Houve ainda o jantar da organização, uma massa à bolonhesa, aceitável, saborosa, embora o tempo que se esperava na bicha fosse demasiado, mas eram as condições existentes. No pequeno-almoço acabamos por ir fazer uma visita ao Ikea e tomar lá o pequeno-almoço por 1 euro, um pequeno-almoço muito bom.

Balanço da minha participação, fiz aquilo que podia, infelizmente quando deveria ter ido andar durante a noite, ninguém me acordou, e o colega que ia andar a seguir, acabou por estar mais de 1 hora à minha espera, enquanto eu dormia profundamente, acabou por ser a única falha da nossa equipa, a 4-050, porque até ali sempre estivemos mais ou menos bem sincronizados, fazendo sempre estar alguém na meta pronto a partir.

Nas outras duas equipas 4-083, e 4-084, achei que poderiam ter feito um pouco melhor, mas desculpa-se a falta de experiência, penso que na próxima será melhor, termos alguém a coordenar a manobra da equipa é fundamental para se perder o mínimo tempo possível.

De resto as 24 horas passaram num instante, quando se deu por ela já nos estavam a telefonar da recepção do parque de campismo a perguntar se a gente se tinha esquecido de ir entregar a chave. Já passava do meio-dia. Foi arrumar tudo à pressa e acabar de almoçar, e pormo-nos ao caminho, já acompanhados de chuva. Parecia que o céu tinha feito tréguas especialmente para aquelas 24 horas, estando sempre um tempo magnífico.

Não acompanhei o resto do pessoal mas pelo que me contaram a viagem foi também divertida, pelo menos para alguns, talvez menos para os que vinham a conduzir.

Bem agora se calhar vamos tentar reunir pessoal para as próximas 24 horas, parece que o pessoal gostou do evento e quer repetir mais vezes.

Abraço e boas pedaladas

João César

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