Pois é, desta vez fui convidado a fazer parte da "des-organização" da Maratona em que mais gosto de participar. A vida é assim, quem pode, pode ... quem não pode... ajuda os outros a ter uma experiência inesquecível, já que cada Maratona tem as suas particularidades mesmo sendo feita na mesma zona, não há, de um ano para o outro, uma igual a outra.
Voltando ao assunto, segunda feira dia 4 de Maio, lá me apresentei junto aos Bombeiros de Idanha-a-Nova, onde já estava o restante pessoal que tinha vindo de véspera de Lisboa, Carlos "Penatábua", Hélder "Rasteiro", Luís Azevedo, Vítor "Torugo" e o nosso "Engenheiro" dos Trilhos o Nelo de Idanha.
Isto funcionou como um verdadeiro exército de ataque à preparação da Prova, então fomos graduados para o efeito, o nosso General Nelo no comando das tropas, eu fiquei com a patente de Coronel (deve ter sido da idade e da barriga.. eheh), o nosso Alferes Carlos Penatabua, o Capitão que não sabia dar ordens Azevedo, o Sargento Torugo e o civil, o nosso Engenheiro Rasteiro, o homem da Logística, responsável por toda ou quase toda logistica envolvida na maratona.
Começou na Segunda feira, pela inércia das forças de defesa locais, que não estão habituados ao stress do relógio das grandes cidades ( e eles é que estão certos), vencer as dificuldades de "sacar" ferramentas e uma viatura todo terreno, custou imenso tempo, mas antes do almoço estávamos a começar o trabalho, limpar os trilhos arranjar alguns caminhos retirar as pedras do caminho, os ramos caídos, tudo o que pudesse originar acidentes, o reconhecimento feito uma semana antes tinha dado alguns dados importantes para este efeito.
Hora de petiscar qualquer coisa para manter as forças, a semana passou quase toda dispensando-se o almoço de faca e garfo, optando-se por fazer ligeiros piqueniques onde estivéssemos, aqui foi na Zebreira onde seria o primeiro reabastecimento da maratona...
Aqui no ponto onde se fazia a divisão da meia-maratona e da maratona e estafeta...
Além das fitas foram usadas placas de identificação em forma de cartoons, direita, esquerda, frente, sítios perigosos, descidas, subidas, tudo isto com o dedo do Filipe Goulão, também ele um filho da terra... e cal ... as principais marcações onde se indicavam os pontos de viragem e cortavam trilhos para não haver enganos eram feitas em cal em pó .. fazendo riscos no chão .. deixando cair uma quantidade substancial de modo a ficar um risco, mesmo que chovesse ( e não se previa que chovesse) o caminho ficava ainda mais marcado ...
A mim calhou-me ir para Alcafozes, num ponto que era o primeiro da meia-maratona e o quilómetro 87 da maratona.
Isto já continua .. no dia da prova...
Até já ....
Muito bom o relato... dá para perceber um pouco de toda a logistica que envolve um evento destes...
ResponderEliminarAbraço