terça-feira, 12 de maio de 2009

4ªMaratona Internacional Idanha-a-Nova/Zarza La Mayor - Preparação

Olá Pessoal Pedalante

Pois é, desta vez fui convidado a fazer parte da "des-organização" da Maratona em que mais gosto de participar. A vida é assim, quem pode, pode ... quem não pode... ajuda os outros a ter uma experiência inesquecível, já que cada Maratona tem as suas particularidades mesmo sendo feita na mesma zona, não há, de um ano para o outro, uma igual a outra.
Voltando ao assunto, segunda feira dia 4 de Maio, lá me apresentei junto aos Bombeiros de Idanha-a-Nova, onde já estava o restante pessoal que tinha vindo de véspera de Lisboa, Carlos "Penatábua", Hélder "Rasteiro", Luís Azevedo, Vítor "Torugo" e o nosso "Engenheiro" dos Trilhos o Nelo de Idanha.
Isto funcionou como um verdadeiro exército de ataque à preparação da Prova, então fomos graduados para o efeito, o nosso General Nelo no comando das tropas, eu fiquei com a patente de Coronel (deve ter sido da idade e da barriga.. eheh), o nosso Alferes Carlos Penatabua, o Capitão que não sabia dar ordens Azevedo, o Sargento Torugo e o civil, o nosso Engenheiro Rasteiro, o homem da Logística, responsável por toda ou quase toda logistica envolvida na maratona.
Começou na Segunda feira, pela inércia das forças de defesa locais, que não estão habituados ao stress do relógio das grandes cidades ( e eles é que estão certos), vencer as dificuldades de "sacar" ferramentas e uma viatura todo terreno, custou imenso tempo, mas antes do almoço estávamos a começar o trabalho, limpar os trilhos arranjar alguns caminhos retirar as pedras do caminho, os ramos caídos, tudo o que pudesse originar acidentes, o reconhecimento feito uma semana antes tinha dado alguns dados importantes para este efeito.

O nosso Alferes Carlos é verdadeiramente um GPS humano, identificando sempre quais os trilhos por se ia passar, distinguindo sempre um trilho de outro sem se enganar, por mais iguais que fossem. Sempre com telemóvel a tocar para receber pedidos de participação na maratona apesar das inscrições estarem fechadas, quer a fazer chamadas para remover obstáculos para a nossa tarefa. E mesmo de telemóvel na orelha lá ia fazendo o trabalho junto connosco.
Hora de petiscar qualquer coisa para manter as forças, a semana passou quase toda dispensando-se o almoço de faca e garfo, optando-se por fazer ligeiros piqueniques onde estivéssemos, aqui foi na Zebreira onde seria o primeiro reabastecimento da maratona...
As fotos não foram muitas ... mas algumas não resistia a parar para as tirar...
Depois de 2 dias dedicados à limpeza dos trilhos, começou-se as marcações na quarta nas zonas rurais, deixando as urbanas para o fim, para ver se não havia sabotagem até ao dia
Aqui no ponto onde se fazia a divisão da meia-maratona e da maratona e estafeta...
aqui numa das pausas para retomar forças para o trabalho .. e hidratar .. claro ...estava muito calor cerca de 30 graus ...
Aqui conseguimos ter uma pausa mais suculenta no Aníbal 33 de Segura, um petisco encomendado, um franguinho caseiro com um arroz de verduras, para quem andava a sandes à uns dias ... um verdadeiro banquete
E as marcações continuavam, recorrendo a tudo para chegar aos sítios melhores para identificar o percurso, neste caso o Torugo em cima do carro para ficar mais alto.
Além das fitas foram usadas placas de identificação em forma de cartoons, direita, esquerda, frente, sítios perigosos, descidas, subidas, tudo isto com o dedo do Filipe Goulão, também ele um filho da terra... e cal ... as principais marcações onde se indicavam os pontos de viragem e cortavam trilhos para não haver enganos eram feitas em cal em pó .. fazendo riscos no chão .. deixando cair uma quantidade substancial de modo a ficar um risco, mesmo que chovesse ( e não se previa que chovesse) o caminho ficava ainda mais marcado ...
Aqui na entrada em Espanha, junto à ponte açude que agora une as duas margens ... este ano não nos deixaram atravessar o rio com as bikes com receio que estragássemos alguma coisa, coisa do parque natural o Tejo Internacional .. enfim ...
O dia de sexta feira seria passado (por mim) a ajudar na logística, foi preciso fazer muita coisa, mão de obra é coisa que não abunda em Idanha-a-Nova, pelo que foi preciso ajudar o pessoal da Câmara Municipal a montar as diversas estruturas, palco na meta, barracas, carregar mesas e cadeiras para o local onde ia decorrer o almoço e entraga de prémios no fim da prova, e também foi preciso ir buscar água à Fonte.... da Fraga ... perto do Fundão ..
Foi desta água que bebemos, fartamo-nos de carregar paletes de água, foi preciso carregar duas camionetas do municipio transportá-las para Idanha e depois distribuí-las pelas diversas zonas de Abastecimentos eram nada menos que 7 pontos de distribuição de água e alguns com abastecimentos sólidos também.
A mim calhou-me ir para Alcafozes, num ponto que era o primeiro da meia-maratona e o quilómetro 87 da maratona.

Isto já continua .. no dia da prova...
Até já ....

1 comentário :

  1. Muito bom o relato... dá para perceber um pouco de toda a logistica que envolve um evento destes...

    Abraço

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